File:Certificado da transladação dos restos mortais de frei Pedro da Guarda, frei Ambrósio de Jesus, 23 de maio de 1624, Lisboa, Portugal - Image 118919.jpg

Certificado da transladação dos restos mortais de frei Pedro da Guarda.

Manuscrito sobre papel.
Original de frei Ambrósio de Jesus, 23 de maio de 1624.
Cópia de 1653, certificada pelo notário Hero de Florença.

Pub. in Girão, revista de temas culturais do concelho de Câmara de Lobos, n.º 8, dir. do Dr. Manuel Pedro S. Freitas, Grupo Desportivo do Estreito de Câmara de Lobos, 1.º Semestre de 1992, ilha da Madeira.
Cronologia
1459 – vinda para a Ilha de frei Gil de Carvalho, quando os franciscanos começavam a abandonar o primitivo eremitério de São João no Funchal, instalando-se em Câmara de Lobos junto à ribeira com dois leigos, João Afonso e Martinho Afonso, em terrenos doados por João Afonso, escudeiro do infante D. Henrique e sua mulher Inês Lopes, progenitores da família Correia; 1479 – inundação e parcial destruição das primitivas instalações; 1480 – reconstrução da igreja e demais instalações do convento, então para 10 a 12 frades reformados, em local mais afastado da ribeira, sendo superior frei Jorge de Sousa; 1485 – vinda para a Madeira e instalação em São Bernardino de frei Pedro da Guarda, futuro “Santo Servo de Deus”, “querendo subtrair-se à admiração que causavam as suas virtudes”; 1505, 27 jul. – falecimento em São Bernardino do “Santo Servo de Deus”; 1533 – nova reedificação do convento;1590, 27 maio – falecimento de Frei António Descalço, antigo canavieiro de António Correia “o Grande”, em “cheiro de santidade”; 1597, 8 jan. – descoberta oficial das relíquias de Fr. Pedro da Guarda pelo bispo D. Luís Figueiredo de Lemos; 1607, 12 dez. – testamento de João Bettencourt de Vasconcelos a favor do convento, de cuja capela-mor era padroeiro; 1612, 20 out. – alvará a favor do guardião de São Bernardino para serem pregadores da colegiada de São Sebastião os seus frades, com ordenado anual de 15$000 réis e a obrigação de pregarem no Advento e na Quaresma; 1685, 28 jan. – certificado do tabelião de Câmara de Lobos de dois milagres de Fr. Pedro da Guarda, um efetuado sobre Manuel Martins, por alcunha “o gordinho”, que havia 3 dias que perdera a fala e outro sobre João Vieira, pedreiro, que perdera uma vista com uma lasca de pedra e a recuperou na “cova do Santo”; 1729 – eleição na câmara do Funchal de um tesoureiro para arrecadação das esmolas para a beatificação de Frei Pedro da Guarda; 1735 – ampliação e reconstrução da igreja, conforme inscrição no frontispício da igreja; 1753, 27 fev. – provisão régia enviada pelo Desembargo do Paço a favor da Custódia confirmando a mercê de D. João IV da metade de todas as condenações pecuniárias dos Ministros desta Ilha para ajuda das despesas da beatificação do Santo Servo de Deus, Frei Pedro da Guarda; 1831 a 1833 – instalação precária do Seminário Diocesano, depois instalado no extinto convento da Encarnação do Funchal; 1835 – inventário por ordem do governador do bispado, cónego António Alfredo de Santa Catarina Braga, de todos os pertences do convento que passaram à responsabilidade da paróquia de São Sebastião; 1837, 18 jun. – remoção das imagens ainda existentes no antigo convento, algumas para a paróquia e outras para casas particulares; c. 1911 – instalação da Madre Mary Jane Wilson com o seminário; 1916, 18 out. – falecimento no convento da madre Wilson; 1926, 24 out. – bênção pelo bispo do Funchal, D. António Manuel Pereira Ribeiro (1879-1957), durante as festas de S. Francisco, nesse ano ligeiramente adaptadas para coincidirem com as celebrações do 7.º centenário da morte do patriarca dos Franciscanos; 1931 a 1933 – funcionamento nestas instalações das aulas do curso preparatório do Seminário Diocesano; 1939, 15 abr. – transladação dos restos da Madre Wilson para a capela da sede das Irmãs Vitorianas, à R. do Carmo, no Funchal; 1960 – fundação da paróquia de Santa Cecília com sede nas instalações do antigo convento; 1994 – incêndio na zona do altar-mor; 2006, jan. – maqueta final projeto de reabilitação do ateliê dos arquitetos Victor Mestre e Sofia Aleixo; 2014 e 2015 – obras de reabilitação geral do conjunto, a cargo da paróquia de Santa Cecília com o apoio da Ordem de S. Francisco; 2015, 3 mar. – inauguração das obras de reabilitação