File:Audio file of Vista de Atibaia, 1829.wav

Português: Versão audível do quadro Vista de Atibaia, 1829, de Campos Ayres. Trabalho realizado em programa de educação na Faculdade Cásper Líbero sob orientação de Giovanna Fontenelle e João Alexandre Peschanski, com apoio do Wiki Movimento Brasil e da equipe educativa do Museu Paulista.

O texto da audiodescrição é:

A obra Vista de Atibaia, 1829, de Campos Ayres, feita no século XX, segue a técnica de pintura em óleo sobre tela e possui 95,5 cm por 75 cm.

O quadro mostra um ambiente rural e possui linhas circulares, já que a estrada de terra sinuosa, em primeiro plano, sai da extremidade inferior direita, atinge sua curva máxima no meio da pintura e se estende novamente pela direita, dessa vez em um traçado menos curvilíneo, em direção ao topo da pintura, dividindo-a ao meio. No canto esquerdo inferior da obra, em primeiro plano e fora da curva delimitada pela estrada de terra, há parte de uma construção em marrom claro, com teto de palha e batente estreito e alto. O quadro não contempla o local em sua totalidade, apenas uma de suas paredes e um buraco retangular na forma de porta. Ao lado, oito pés de cana de açúcar estão cercados por grama verde, eles possuem tamanhos irregulares. Em frente ao espaço, um homem vestindo uma camisa com mangas compridas em azul claro, calça e colete marrons, inclina-se para pegar um fardo de palha com as mãos. Ele tem a pele morena, cabelos negros e expressão facial ausente, já que seus olhos, boca e nariz não foram pintados. O caminho de estrada de terra é paralelo ao homem e nos direciona a parte superior da obra. Debaixo do céu azul nublado e sobre um planalto coberto por grama verde, há catorze construções enfileiradas, todas retratadas lateralmente. A primeira, da esquerda para a direita, possui dois andares: o térreo é retangular com duas janelas na face direita e, acima, o segundo piso é caracterizado por paredes, que juntas assumem a forma de um quadrado com duas janelas frontais. Ao lado, a igreja repleta de janelas é uma junção de dois sobrados grandes e tem uma cruz acoplada em sua fachada, retratada de lado. A construção está cercada por seis pequenas casas, seguidas por mais duas casinhas ao lado, uma árvore, outra pequena casa, uma árvore menor que a anterior e mais uma casinha, seguida por uma terceira árvore e uma última casa. Todas possuem a mesma coloração: paredes amareladas com telhado convexo e marrom. Abaixo da última casinha, uma vegetação em verde escuro começa a florescer e se estende para baixo, até chegar no canto inferior direito da obra, onde abre espaço para um campo de grama baixa em tom de verde claro, com duas casinhas retangulares, brancas e com telhado marrom e convexo. Este espaço, como todos os outros na pintura, é contornado pela estrada de terra. Pinceladas grossas e marcantes dão textura ao quadro e traduzem a sensação de calma e serenidade de uma vida pacífica no interior. A tela é escura, não há sol retratado ou iluminação, os tons utilizados são todos frios. O homem em destaque parece miúdo em meio a grandeza da paisagem ao seu redor. Silenciosa, a obra também indica solitude.

Audiodescrição por Lilian Kaori Hamatsu. Projeto de Educação da Faculdade Cásper Líbero.