File:Audio file of Vista de Guaratinguetá.wav

Português: Versão audível do quadro Vista de Guaratinguetá, de José Canella Filho. Trabalho realizado em programa de educação na Faculdade Cásper Líbero sob orientação da Profa. Filomena Salemme e do Prof. João Alexandre Peschanski, com apoio do Grupo de Usuários Wikimedia no Brasil e da equipe educativa do Museu Paulista.

O texto da audiodescrição é:

Audiodescrição por Gabriel Henrique Manzo. Quadro: Vista de Guaratinguetá, 1942, por Juca Canella Técnica: óleo sobre tela Obra integrada ao acervo do Museu Paulista da USP

O plano de fundo da obra, na parte superior do quadro é um céu com leve tom de azul, branco e dourado misturado por suaves pinceladas conferindo um aspecto de muita clareza a iluminação natural retratada. Não há sol e nem nuvens.

Misturando-se ao céu, mais abaixo no quadro, aparecem cinco encostas de montanhas, sendo a última mais baixa e mais extensa que as demais. A tonalidade segue com precisão o padrão representado pelo céu, porém, dessa vez há a incidência do verde representando a folhagem do local, uma mata muito densa, a qual não é possível identificar caules saindo do chão.

Logo a frente das montanhas, construções urbanas aparecem na obra, como casas ribeirinhas e padronizadas, não muito divergentes em tamanho, o telhado é retratado com riqueza de detalhes nas telhas e um forte tom avermelhado. Em algumas das construções é possível observar a presença de andaimes o que refere-se ao processo urbanista da cidade. O ponto mais alto dentre as moradias é uma Igreja distante da visão do observador, posto no canto médio superior direito da tela.

No canto direito da pintura, há um rio com pinceladas demonstrando o fluxo da água que ali corre, azuladas as margens e embranquecidas ao centro. As aguas estão cercadas por plantações de verdes escuros, de muita folhagem.

Estradas de chão batido e areia levemente marrom com cores terrosas e pontos de luz adourados seguem por dois caminhos dividindo os dois picos da cidade, por entre estes caminhos a natureza delimita o espaço de transito com altas palmeiras verdes envelhecidas por tons dourados e arbustos de tonalidade semelhante, porém, mais vívidos cercam a raiz das árvores.

No canto direito da tela, mais uma mata encontra-se com as encostas das montanhas mas diverge em tonalidade separando o meio ambiente e já encontram-se distantes do pico, quase na altura do rio.

Juca Canella trabalha com diversos planos de profundidade, enfileirando as casas uma junta a outra como geminadas e acompanhado pela estrada de terra permitindo ao observador perceber um ponto como mais distante do outro.