File:Anta do Mezio - Portugal (30337760538).jpg

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Ao que se sabe, foi o "correspondente efectivo" da (então ainda) Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes, Félix Alves Pereira (?-1915), quem identificou pela primeira vez aquelas que são conhecidas na actualidade por "Antas da Serra de Soajo", numa altura em que o estudo dos monumentos megalíticos ganhava maior popularidade entre os investigadores locais, inserido num contexto europeu generalizado que o propiciava, ainda que persistissem algumas das lendas populares que envolviam o significado da sua edificação e utilização desde, pelo menos, a medievalidade ocidental. Além disso, o registo destas antas integrava-se perfeitamente nas principais directrizes de trabalho delineadas pelo Conselho Superior dos Monumentos Nacionaes, cujos vogais efectivos vinham, há muito, pugnando pela inventariação sistemática das denominadas "riquezas artísticas e arqueológicas" do país. E, neste contexto, não surpreenderá que estes exemplares acabassem por ser incluídos na primeira grande listagem dos "monumentos nacionais", publicada em decreto de 1910, onde, pela primeira vez, entre nós, os vestígios arqueológicos assumiram um estatuto legal equiparável às demais construções humanas. F. Alves Pereira terá, na verdade, identificado, entre os finais do século XIX, e os princípios do XX, cerca de sessenta antas, ainda que, quase uma década antes, tivesse, durante as suas múltiplas deambulações pela região, em busca de testemunhos de um passado mais remoto, encontrado muitas delas num já avançado estado de ruína, situação assaz frequente, quer pelo seu posicionamento em terrenos agrícolas, quer pela ambição que suscitavam junto de quem procurava "tesouros" no seu interior. Não constituirá, por isso, propriamente uma surpresa que, volvidos que estão mais de cem anos sobre estas primeiras incursões, se tenha tornado (quase) impossível encontrar resquícios materiais de muitas dessas antas, devido ao facto de terem sido sujeitas a sucessivos processos de violação, espoliação, destruição e reaproveitamente dos seus esteios para as finalidades mais diversas, quase sempre conectadas às actividades diárias das populações residentes nas suas imediações. Daí que, na maioria dos casos, subsista apenas a mamoa - ou tumulus - com a depressão central correspondente ao local onde se erguia a primitiva câmara funerária, por vezes a par de um ou dois esteios, e, só muito raramente, a estrutura total Edificadas em contexto montanhoso, as antas parecem formar pequenos núcleos distribuídos ao longo de aproximadamente dez quilómetros pelas vertentes da margem esquerda do rio Vez. O mais conhecido destes exemplares será, sem dúvida, o "Dolmen do Mezio" (ou "Anta do Mezio"), precisamente pelo facto de, a par dos vestígios da primitiva mamoa, exibir ainda os elementos constituintes da estrutura primordial que lhe subjazia, nomeadamente da câmara sepulcral, tal como sucede, ademais, nas outras duas antas que integram o mesmo núcleo. De planta poligonal irregular, a câmara do "Dolmen de Mezio" ainda preserva a laje de cobertura - ou "chapéu" - e o correspondente corredor, voltado a Nascente. As intervenções arqueológicas conduzidas no local nos últimos anos permitiram recolher um número considerável de material bastante representativo desta realidade funerária das comunidades neo-calcolíticas da região. Entre os artefactos exumados, abundam particularmente as pontas de seta e uma ponta de lança em sílex, para além de múltiplos fragmentos de cerâmica.

[AMartins] <a href="http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71222/" rel="nofollow">www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-im...</a>
Date
Source Anta do Mezio - Portugal 🇵🇹
Author Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL
Camera location41° 53′ 03.21″ N, 8° 18′ 48.25″ W Kartographer map based on OpenStreetMap.View this and other nearby images on: OpenStreetMapinfo

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19 March 2019

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