File:Audio file of Tropeiros à Beira da Estrada.opus

Português: Versão audível do quadro Tropeiros à Beira da Estrada, de Adrian Henri Vital van Emelen‎. Trabalho realizado em programa de educação na Faculdade Cásper Líbero sob orientação de Giovanna Fontenelle e João Alexandre Peschanski, com apoio do Wiki Movimento Brasil e da equipe educativa do Museu Paulista.

O texto da audiodescrição é:

A obra Tropeiros à Beira da Estrada, de Adrian Henri Vital van Emelen‎, feita em 1830, segue a técnica da tinta a óleo e possui quatrocentos e trinta e três centímetros de largura por duzentos e noventa de altura A obra divide-se em dois planos, mas é, no geral, cheia de contrastes entre luz e sombras. O plano do fundo é composto por montanhas cobertas de vegetação verde, com áreas de sombreamento que as deixam quase negras do meio para a direita do quadro. O céu azul possui nuvens pouco espaçadas, mas não espessas e volumosas. Ele se posiciona ao fundo das montanhas. Não há tanta perspectiva entre esses planos, e parece que montanhas e o céu se confundem como único plano pela distância que pressupõe o quadro. Já no plano principal, estão seis figuras dispostas, da esquerda para a direita, como cavalo-cavalo-humano-cavalo-cavalo-humano. Novamente com grande destaque ao jogo de luz e sombras, as figuras estão iluminadas pelo sol, escondido no cenário da pintura na direção leste, e por isso projetam sombras no chão, que é de uma vegetação verde, mas com falhas de terra. Nessa sequência, há também duas estacas compridas e finas para prender os cavalos, e as cordas que os ligam às estacas são tão finas que quase não aparecem. O primeiro cavalo está ortogonal ao plano, quase invisível por conta da sombra, parece estar com algo envolvendo seu nariz e boca, enquanto o segundo está a sua frente, de perfil, comendo grama. Ambos são pretos, e o segundo tem claramente uma sela bege disposta em cima dele. O primeiro humano aparenta ser um homem, e veste uma camisa branca surrada por cima de bermuda preta. Ele está descalço, é aparentemente negro, veste uma touca branca na cabeça. Acima dela, está outra sela de cavalo, a qual ele segura com ambos os braços enquanto olha para baixo, com o tórax voltado para a frente. Os dois próximos cavalos estão de perfil, com as cabeças voltada para a direita da obra. Ambos estão com selas beges, sendo a do primeiro um pouco mais clara que a do outro. O segundo cavalo está mais ao fundo da composição, e, novamente pelo jogo de sombras, está quase invisível - a noção de profundidade faz também com que ele seja menor O último humano está sentado, meio de perfil e meio de frente, com as pernas voltadas para a esquerda do quadro e os braços apoiados nos joelhos. Também com aparência de sertanejo surrado, usa uma blusa azul clara, que se destaca nos tons escuros da obra, e um chapéu de palha sobre a cabeça. Nos pés, nada - também está descalço. Num jogo de escuridão, a obra traz um aspecto solitário dos sertanejos, que esperam os cavalos terminarem as refeições e o descanso, enquanto eles próprios aparentam estar silenciosos e contemplativos no nascer de outro dia de trabalho.

Audiodescrição por Giovanna de Almeida Galvani. Projeto de Educação da Faculdade Cásper Líbero.