File:Levada da Ribeira do Inferno e levada do Monte Medonho, Madeira - 2020 - Image 205865.jpg

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Português:
Levada da Ribeira do Inferno e levada do Monte Medonho

Campanha de 1900 (c.) e seguintes.
Fotografia de José Lemos Silva, 2020

Ilha da Madeira

Levada da Ribeira do Inferno e NÃO do «plaino velho», e, levada do Monte Medonho.

Em 1898, o Estado possuía «a levada Nova e a levada Velha do Rabaçal, a do Juncal, a do Furado, e a da Fajã dos Vinháticos» [1]. Nesta mesma data, foram iniciadas a construção de outras três levadas: «a do Caniço, S. Gonçalo e Santa Maria Maior» [projecto da levada da Serra do Faial], «a de S. Vicente e Ribeira Brava e a do Coquim» [1]. «Destes projectos apenas se iniciou a construção da levada do Coquim que já em 1870 se pensava tirar da ribeira dos Moinhos para Ponta Delgada, mas não se passou do começo, devido a oposição levantada por alguns indivíduos» [3].
O projecto da «levada de S. Vicente e Ribeira Brava», em 1885, compreendia dois «lanços»: «o lanço da ribeira do Inferno e o lanço do Monte Medonho» [2]. Estes dois lanços deram origem às levadas da ribeira do Inferno e a do Monte Medonho. A primeira levada «trouxe para as Ginjas e Folhadal as águas da ribeira do Inferno, libertando assim, as que anteriormente ai se utilizavam que passaram a ser conduzidas pela segunda levada, para a Ribeira Brava e Tabua» [3]. Sintetizando, o Estado para recompensar as águas retiradas a São Vicente [vertente norte] para Ribeira Brava e Tabua [vertente sul], teve que construir um outro aqueduto ficando a «seu cargo a sua conservação e reparação» [4]. As obras destas levadas ficaram concluídas [?] «em 1908» [4]
A «levada da Ribeira do Inferno tem origem na ribeira do Inferno, na base do Pico Ruivo do Paul à cota de 1185 metros. O comprimento do canal é de 6000 metros e o fluxo desta levada é 20 litros por segundo [1200 penas]» [4]. Esta levada, também é conhecida por «levada do Caramujo» [4] e foi desativada [?], após a construção da levada do Norte [que passa a uma cota inferior à mesma], obra levada a efeito pela Comissão Administrativa dos Aproveitamentos Hidráulicos da Madeira na década do 50 do séc. XX.
Na cartografia disponível na internet, esta levada é denominada [erradamente!] por um vocábulo «plaino velho» [?] que desconhecemos a sua origem ou de qualquer documentação que a referencie nestes termos, tanto gráfica como cartográfica.
Por outro lado, a «levada do Monte Medonho» [4] «tem origem nas ribeiras do Folhadal, Pináculo e Monte Trigo à cota de 1450 metros. A sua extensão é de cerca de 10600 metros e o caudal é de 18 litros por seg. [1080 penas]. Rega nas freguesias da Ribeira Brava e Tabua com giros de 14 dias e 12 horas» [1944]. «Na Ribeira Brava estão arrendadas 926 horas e nas Tabua 410» [1944]. Esta levada, também é conhecida por «levada do Lombo do Moiro» [4] ou Lombo do Mouro. Actualmente, esta mesma levada mantém a mesma função [?].
Nas primeiras décadas do séc. XX, estas duas levadas faziam parte dos roteiros turísticos nacionais e estrangeiros, [5]. Presentemente, parte dos troços destas levadas estão integrados no «percurso pedestre recomendado 17» [PR 17]. Nas suas esplanadas foram construídas «bancos», «balcões» e «lapas» que foram escavados nos tufos [piroclastos consolidados], a fim de proporcionar aos visitantes a contemplação das suas belezas naturais e de abrigo. Geralmente [?], estas excursões eram feitas em 4 dias de acordo com o seguinte programa, por exemplo [6]:
[…]
«Sahida do Funchal em vapor costeiro para a vila da Ribeira Brava. Passagem por Camara dos Lobos e Cabo Girão (o 8.º do mundo, 600m de altura). Excursão ao Lombo do Mouro. Visita à levada do Monte Medonho. Almoço na casa de abrigo. Passeio à Bica da Cana. Jantar e pernoitar.
«Excursão ao Caramujo (1500m de altura). Visita à levada da Ribeira do Inferno. Almoço na casa de repouso do Caramujo, Ascenção ao Pico dos Estanquinhos. Regresso à Bica da Cana. Jantar e pernoitar.
«Excursão ao Rabaçal, passagem pelo Paul da Serra, Visitas á Ribeira dos Poços, Levada Nova, Vinte e cinco Fontes, (almoço) Ponte do Sifão, Ribeira e Queda do Risco e ascenção da Cumeada. Jantar e pernoitar no Rabaçal.
«Partida para a vila da Calheta. Passagem pela Levada Velha, Vereda do Bispo, Furado, (almoço na Calheta). Volta ao Funchal em vapor costeiro.
[…]
Notas:
[1] JESUS, Avelino Quirino de, 1898, «As Águas e as Levadas da Madeira», in Portugal em África, V, 82-127.
[Obs: A levada da Fajã dos Vinháticos com origem na Ribeira Seca no Faial e términus no sítio da Venda Nova, Santana, foi desativada após a construção da levada da Serra do Faial. Foi construída uma nova levada a fim de substituir a dos Vinháticos: a levada da Serra de São Jorge. Esta levada, actualmente conhecida por levada do Caldeirão Verde, ficou com a mesma função da anterior: de regar as terras do Faial e Santana.]
[2] FARIA E MAIA, Carlos Roma Machado de e Anibal Augusto Trigo [1896], «Levadas da Madeira. Relatório justificativo da proposta apresentada pelo Consultorio de Engenharia e Architectura do Funchal no concurso para a adjudicação da Empresa de irrigação no arquipelago da Madeira», Lisboa.
[3] COSTA, Manuel Rafael Amaro da [1951], «O aproveitamento da água na Madeira – A marcha da obra através do tempo». «Das Artes e da História da Madeira», n. º 5, p. 17.
[4] SILVA, Fernando Augusto da [1944], «As Levadas da Madeira», Funchal.
[5] POWER, Charles Alexander le Poer [1935], «Power’s guide to the island of Madeira [the pride of Portugal]. London.
[6] «Revista de Turismo» [1922], N.º 121 de 5 de Julho, Lisboa, p. 208 [«Excursão á Madeira»].
Date
Source Arquipelagos (consultar ficha)
Author José Lemos Silva

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